↥
TMIST
Vivo e alcanço sonhando cantando até ao fim
Sonho com esse encanto de te ter ao pé de mim
Aguardo no meu pensamento
Segredo que sinto ao vento
Desejo teu beijo um abraço
Confuso difuso que faço
Refrão:
Vivo quando o sonho abraça o canto
E a vida passa e perco-me sem saber
Lisboa que te quero ter
(Refrão)
Te quero ter e amar,
Recordar aquele olhar que lançou
O teu rio antes de desaguar em flor
Vagueio e procuro no escuro da noite o meu ser em ti
Recordo os momentos que foram e tudo aquilo que eu vi
Espero pela madrugada
Anseio a sua chegada
Lisboa na proa do Tejo sorri
(Refrão [a capella])
(Refrão)
↥
TMIST
A cidade canta
Quando se levanta
E eu já de pé.
Num atrofio desço
desd'o Bairro Alto
Ao Cais do Sodré.
E é tanta a vida
Por cada avenida
Já pela manhã!
Manhã de Lisboa,
Que o sol apadroa,
Traz-me um café!
E na padaria,
É tanta a alegria
Em cada fornada.
Que o pão da Maria,
Ai o que eu faria,
Cura a jornada.
Jornada que foi
Da noite anterior
Vida flamejante.
Cerveja e sangria,
O pão da Maria
Cura o estudante!
(2x:)
E à beira Tejo largo o meu beijo à
brisa que passa.
Na água me vejo e então despejo
A minha desgraça.
↥
TMIST
Refrão:
Pelas ruas a cantar,
Nesta noite de folia,
E nas tascas a brindar,
Cantaremos até ser dia!
Esta Tuna vou viver
E Lisboa encantar,
A sonhar e a crescer,
Este nome vou elevar.
Como caloiro aqui cheguei,
Para este mundo descobrir,
Nos livros não encontrei,
O que a tuna me fez sentir.
Mais horizontes conhecer,
Cantando a nossa tradição,
Mais que música aprender,
Esta é a nossa paixão.
(Refrão)
(Instrumental)
Nenhum dia vai igualar,
Os destas histórias perdidas,
Todos juntos a vadiar,
Por essas vielas escondidas.
E quando a saudade falar,
Da minha vida de estudante,
Na guitarra eu vou pegar
E cantaremos como d'antes.
(Refrão)
A sonhar e a crescer,
Este nome vou elevar.
↥
TMIST
Ver-te sonhar
A ouvir este cantar
Sonhos são desejos
Que estão por realizar
Ao meu tocar
Na tua pele
Vou querer sentir
O teu mundo rodar
Todos os dias
O teu olhar
Dá-me mais forças
Para te cantar
Refrão:
Vem, desce do céu
Faz desta vida
Um sonho só meu
Diz-me que (pra sempre viveu)
sim
Faz-me sonhar
Contigo a meu lado
Vem-me abraçar
(Instrumental)
Ver-te feliz
É meu desejo
Quero apenas
Poder dar-te um beijo
Beijar teu rosto
Ver teu sorrir
Ter-te a meu lado
Um abraço ao sentir
Que (já) não sou
Quem era
(Refrão)
Vem, desce do céu
Faz desta vida
Um sonho só meu
Diz-me que (me amas) sim
Faz-me sonhar
Contigo a meu lado
Vem-me abraçar
↥
TMIST
Trigueira
De feitio marcado
De olhar matreiro
Nariz empinado
Olhó rapaz
Sorri descarado
Com o olhar gingão
Manias de namorado
Eu bem me cheg’ao pé dela
Mas foge numa piscadela
Tentei fazê-la rir mas nem me
mostra os dentes
Vem armad’em fadista
eu sei onde isto vai parar
E com um sorriso de artista vou
pirar-me de fininho vej’ao
longe’a esbracejar
Mas tinha que acontecer
Os olhares não enganaram
E em noites d’arraiais
Ninguém controla os demais
Em noites d’arraiais
Dançaram, beberam e
bailaram mais!
(2x:)
C’o Tej’ali ao lado
Em tempos de cantar
Da lua prateado
Naveg’ até ao mar
Num ar de cheiros e fados
Os beijos são fatais
Em cim’ó céu estrelado
Em noites d’arraiais
Em cim’ó céu estrelado
Em noites d’arraiais
Em cim’ó céu estrelado,
Em noites d’arraiais
↥
TMIST
Oh cidade de Lisboa és minha pr’amar,
Por entre os telhados de proa
Um sorriso entoa esse teu lindo olhar
Lisboa
singela e ardente
envolva e encante o meu ser de estudante em quem não é crente
Lisboa, Lisboa
Abre o coração e passa
Teu espírito e graça por toda esta gente
De Lisboa
Viemos a cantar
Canções serenatas
Lindas baladas
Histórias de encantar
Histórias da cidade das Sete Colinas
Aos braços do Tejo
Que te viu nascer
Tão terna a idade
Tamanha a vontade
De um dia eu te voltar a ver
Refrão:
Lisboa, terra da saudade
Loucos amantes eternos estudantes da nossa cidade
(Refrão)
Tão belos os tempos de capa e batina
Orgulho.
Vaidade.
De vida
boémia
E a tuna a tocar para a nossa menina
Cidade à beira do rio
Que brilhas na noite
À luz do luar
Só quem não sabe não sentiu
Como pode ser belo o seu olhar
Eu sonho e a canção entoa,
O brilho nos olhos
Eu sou de Lisboa
Eu sou de Lisboa
(Refrão)
(Refrão)
Lisboa,
Terra da saudade és liberdade da vontade de cantar
↥
TMIST
Cai a noite sobre nós
Quem serei eu depois
De amanhecer
Sairei do teu labirinto
Antes que se esgote o luar
Ou vou me perder
Será que ouvirás
No meu silêncio
Chamar teu nome
Que desvenda o segredo
Raro afortunado partilho sorte do meu lado
E destraço a capa e procuro conforto
E o tempo que espere que
chegue a esse ponto
(2x:)
Acordo com o brilho
Das constelações
Que se esfumam
Pelo ar
↥
TMIST
Letra: Fernando Pessoa
(2x:)
O mito é o nada que é tudo.
O mesmo sol que abre os céus
É um mito brilhante e mudo —
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo. (bis)
Este, que aqui aportou,
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou. (bis)
Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade,
E a fecundá-la decorre.
Em baixo, a vida, metade
De nada, morre. (bis)
De nada, morre. (bis)
↥
Infantuna Cidade de Viseu
Quando Deus criou o Mundo
Por vontade ou brincadeira
(2x:)
Fez o Céu depois a Terra
e a seguir a Parreira
É a alegria da vida
Que a gente sente melhor
(2x:)
O vinho é coisa santa
Não o bebesse o prior
Refrão:
Ai amor, onde é qu’ isto vai parar
(2x:)
Foram as águas do Dão
(pernas p’ró ar)
Fiquei de pernas p’ró ar
E quando falta a coragem
P’rá garota conquistar
(2x:)
Há sempre uns copos à espera
Que nos podem ajudar
Em tempo de “marração”
Quando tudo corre mal
(2x:)
Uma noitada nas águas
Levanta logo a moral
(Refrão)
(Refrão [a capella])
(Refrão)
↥
Estudantina Universitária de Coimbra
Lá d'aldeia d’onde eu sou
Não perdoo às raparigas
Se uma o olho me piscou
Meto-me logo em intrigas
Dou-lhe dois ou três beijinhos
E vai de bater o pé
(2x:)
Que eu não quero mexericos
E assim mesmo é que é
Refrão:
Ai rapariga se fores à fonte
Vai p’lo carreiro
Que chegas lá mais depressa
Ai tem cuidado com os rapazes
Loucos por ti vê lá se algum tropeça
Noutro dia a Rosinha
Que é baixinha e trigueira
Foi ao baile com o António
Andaram na brincadeira
E agora já namoram
É tão bom de ver ai é
(2x:)
Qualquer dia hão-de casar
E assim mesmo é que é
(Refrão)
Esta vida são dois dias
Diz o povo e tem razão
E se é tão pouco tempo
Vou gozá-la até mais não
E se encontrar minha amada
Sorridente e cheio de fé
(2x:)
Vou levá-la ao altar
E assim mesmo é que é
(Refrão)
Ai rapariga, rapariga,
ai rapariga, rapariga, ai rapariga,
rapariga tem cuidado
Ai rapariga, rapariga,
ai rapariga, rapariga, ai rapariga
E assim mesmo é que é.
↥
Ala dos Namorados
Pela saída que tem da vadiagem
Alguém chamou-lhe Zé passarinho
Fala em verso e as mulheres
Ao fim de duas colheres, leva-as de bico pró ninho!
Sabe os fados do Alfredo
Rima que até mete medo, nesta função é doutor
Tem uns tiques de fadista
Mão no bolso, lenço e risca
Baixem a luz por favor
Uma triste noite ao frio
Cantava-se ao desafio para aquecer as paixões
Quando um estranho se levanta
Pra mostrar como se canta faz-se à rosa dos limões
Ai
O povo ficou sentido
Com aquele destemido
Hás de morrer engasgado
Palavra puxa palavra
Desata tudo à chapada
Com o posto ali ao lado
Nem foi preciso a carrinha
Tudo na sua perninha
Numa linda procissão
Das perguntas com carinho
Ficou preso o passarinho
Só para investigação
Ai
Nasce o dia atrás da Sé
E ninguém arreda pé nem por dó nem por esmola
O povo ficou sentado para ouvir cantar o fado
Passarinho na gaiola!
(Instrumental)
Nasce o dia atrás da Sé
E ninguém arreda pé nem por dó nem por esmola
(3x:)
O povo ficou sentado para ouvir cantar o fado
Passarinho na gaiola!
↥
Fernando Lopes Graça
Acordai
Acordai
Homens que dormis
A embalar a dor
A embalar a dor
Dos silêncios vis
Vinde no clamor
Das almas viris
Arrancar a flor
Que dorme na raíz
Acordai
Acordai
Raios e tufões
Que dormis no ar
Que dormis no ar
E nas multidões
Vinde incendiar
De astros e canções
As pedras do mar
O mundo e os corações
Acordai
Acendei
De almas e de sóis
Este mar sem cais
Este mar sem cais
Nem luz de faróis
E acordai depois
Das lutas finais
Os nossos heróis
Que dormem nos covais
Acordai!
↥
Carlos Paião
Primeiro a serra semeada terra a terra
Nas vertentes da promessa
Nas vertentes da promessa
Depois o verde que se ganha ou que se perde
Quando a chuva cai depressa
Quando a chuva cai depressa
E nasce o fruto quantas vezes diminuto
Como as uvas da alegria
Como as uvas da alegria
E na vindima vão as cestas até cima
Com o pão de cada dia
Com o pão de cada dia
Suor do rosto pra pisar e ver o mosto
Nos lagares do bom caminho
Nos lagares do bom caminho
Assim cuidado faz-se o sonho e fermentado
Generoso como o vinho
Generoso como o vinho
E pelo rio vai dourado o nosso brio
Nos rabelos duma vida
Nos rabelos duma vida
E para o mundo vão garrafas cá do fundo
De uma gente envaidecida
De uma gente envaidecida
Refrão A:
Vinho do Porto
Vinho de Portugal
E vai à nossa
À nossa beira mar
À beira Porto
À vinho Porto mar
Há-de haver Porto
Para o nosso mar
Refrão B:
Vinho do Porto
Vinho de Portugal
E vai à nossa
À nossa beira mar
À beira Porto
À vinho Porto mar
Há-de haver Porto
Para o desconforto
Para o que anda torto
Neste navegar
Por isso há festa não há gente como esta
Quando a vida nos empresta uns foguetes de ilusão
Vem a fanfarra e os miúdos, a algazarra
Vai-se o povo que se agarra pra passar a procissão
E são atletas, corredores de bicicletas
E palavras indiscretas na boca de algum rapaz
E as barracas mais os cortes nas casacas
Os conjuntos, as ressacas e outro brinde que se faz
Vinho do Porto vou servi-lo neste cálice
Alicerce da amizade em Portugal
É o conforto de um amor tomado aos tragos
Que trazemos por vontade em Portugal
Se nós quisermos entornar a pequenez
Se nós soubermos ser amigos desta vez
Não há champanhe que nos ganhe
Nem ninguém que nos apanhe
Porque o vinho é português
(Refrão A)
(Refrão A)
(Refrão A)
(Refrão B)
↥
Vários Artistas
Ele e Ela - Madalena Iglésias:
Sei quem ele é
Ele é bom rapaz
Um pouco tímido até
Vivia no sonho de encontrar o amor
Pois seu coração pedia mais,
Mais calor
Ela apareceu
E a beleza dela
Desde logo o prendeu
Gostam um do outro e agora ele diz
Que alcançou na vida o maior bem,
É feliz.
Só pensa nela
A toda a hora
Sonha com ela
P´la noite fora
Chora por ela
Se ela não vem
Só fala nela
Cada momento
Vive com ela
No pensamento
Ele sem ela
Não é ninguém
Playback - Carlos Paião:
Podes não saber cantar
Nem sequer assobiar
Com certeza que não vais desafinar
Em play-back, em play-back, em play-back
Só precisas de acertar
Não tem nada que enganar
E assim mesmo, sem cantar vais encantar
Em play-back, em play-back, em play-back
Põe o microfone à frente
Muito disfarçadamente
Vai sorrindo, que é pra gente
Lá presente
Não notar!
Conquistador - Da Vinci:
Era um mundo novo
Um sonho de poetas
Ir até ao fim
Cantar novas vitórias
E ergueram orgulhosas bandeiras
Viver aventuras guerreiras
Foram mil epopeias
Vidas tão cheias
Foram oceanos de amor
(2x:)
Já fui ao Brasil
Praia e Bissau
Angola Moçambique
Goa e Macau
Ai, fui até Timor
Já fui um conquistador
Bem Bom - Doce:
Uma da manhã
Um toque, um brilho no olhar
Duas da manhã
Dois dedos de magia
Às duas por três
Quem sabe onde isto irá parar
Quatro da manhã caindo
Um luar de lua lindo
Uma gota a mais
E o chão ia fugindo
Uma da manhã ei bem bom
Duas da manhã bem bom
Já três da manhã ei bem bom
Quatro da manhã bem bom
Cinco da manhã ei bem bom
Já seis da manhã bem bom
Sete da manhã ei bem bom
Oito da manhã bem bom
Café da manhã pra dois
Sem saber o que virá depois bem bom
E Depois do Adeus - Paulo de Carvalho:
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor
Que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós
↥
Entre Aspas
Pré-Refrão:
Esta noite quero cantar
Dançar e voar
Uô, uô
(E)
Quero ver luzes, muitas
Quero ser um pássaro
Uô, uô, uô, uã
Refrão:
Quero ver os peixes a bailar
E as ideias a gritar
Quero voar para, até ver
O mar pegar fogo
E tipo, incendiar
Até a luz, a luz me cercar
E eu voltar p’ro meu lugar
(Pré-Refrão)
(Refrão)
(3x:)
Ba pa pa pa pa pa ra pa ra
Ba pa pa pa
(2x:)
Winda
Windarandande
Dudarandadurandande
Dudarandan
Duran Duran
Duranda
(Refrão)
(2x:)
Ba pa pa pa pa pa ra pa ra
Ba pa pa pa pa pa ra pa ra
Ba pa pa pa
Ba pa pa pa pa pa ra pa ra
Ba pa
↥
Fernando Lopes Graça
Não se me dá que vindimem,
vinhas que eu já vindimei;
não se me dá que outros logrem,
ai amores que eu rejeitei.
Não se me dá que outros logrem,
ai amores que eu rejeitei.
Fui um ano à vindima,
pagaram-me a trinta réis;
dei um vintém ao barqueiro,
ai, fui pra casa com dez réis.
Dei um vintém ao barqueiro,
ai, fui pra casa com dez réis.
Pela folha da videira,
conheço eu a latada;
faço-me desatendida,
ai, a mim não me escapa nada.
Faço-me desatendida,
ai, a mim não me escapa nada.
Estou debaixo da latada,
nem à sombra, nem ao sol;
estou ao pé do meu amor,
ai, não há regalo maior.
Estou ao pé do meu amor,
ai, não há regalo maior.
↥
Zeca Afonso
Senhora do Almortão
Ó minha linda raiana
Virai costas a Castela
Não queirais ser castelhana
Senhora do Almortão
A vossa capela cheira
Cheira a cravos, cheira a rosas
Cheira a flor de laranjeira
Senhora do Almortão
Eu pró ano não prometo
Que me morreu o amor
Ando vestida de preto
↥
Música Tradicional Portuguesa, Trás-os-Montes
Estando a Dona Infanta
No seu jardim assentada
Deitou os
olhos p’ró mar
E viu uma grande armada
Capitão que nela vinha
Muito bem a governava
Viste lá o meu marido,
Nas terras que Deus pisava
↥
Rodrigo Amarante
Soy el fuego que arde tu piel
Soy el agua que mata tu sed
El castillo, la torre yo soy
La espada que guarda el caudal
Tú, el aire que respiro yo
Y la luz de la luna en el mar
La garganta que ansío mojar
Que temo ahogar de amor
(2x:)
Y cuáles deseos me vas a dar, oh
Dices tu, mi tesoro basta con mirarlo
Y tuyo será, y tuyo será
↥
José Luís Tinoco
Dos que morreram sem saber porquê
Dos que teimaram em silêncio e frio
Da força nascida do medo
E a raiva à solta manhã cedo
Fazem-se as margens do meu rio
Das cicatrizes do meu chão antigo
E da memória do meu sangue em fogo
Da escuridão a abrir em cor
Do braço dado e a arma flor
Fazem-se as margens do meu povo
Canta-se a gente que a si mesma se descobre
E acordem vozes, arraiais
Canta-se a terra que a si mesma se devolve
Que o canto assim nunca é demais
Em cada veia o sangue espera a vez
Em cada fala se persegue o dia
E assim se aprendem as marés
Assim se cresce e ganha pé
Rompe a canção que não havia
Acordem luzes nos umbrais que a tarde cega
Acordem vozes, arraiais
Cantem despertos na manhã que a noite entrega
Que o canto assim nunca é demais
Cantem marés por essas praias de sargaços
Acordem vozes, arraiais
Corram descalços rente ao cais, abram abraços
Que o canto assim nunca é demais
O canto assim nunca é demais
↥
Deolinda
A problemática colocação de um mastro
Para efeitos de enfeitar a avenida
Com balões dependurados, papelinhos coloridos
Trouxe o insólito sarilho à autarquia
É que esta idealidade
Agiu em conformidade
Com o gosto colossal de dois ou três
E anunciou com muito orgulho
Muita pompa e barulho
Que o maior mastro do mundo é Português
E anunciou com muito orgulho
Muita pompa e barulho
Que o maior mastro do mundo é Português
Os olhares que se pasmavam na escalada
Não alcançavam nem o meio, nem o fim
Para muitos aquele mastro é má contenção de gastos
Para outros, ele está muito bem assim
O fascínio é humano
E o que é grande em tamanho
Glorifica sempre muito quem o fez
Isto exalta uma nação
E há que dizê-lo com razão
Que o maior mastro do mundo é Português
Isto exalta uma nação
E há que dizê-lo com razão
Que o maior mastro do mundo é Português
Refrão:
São Pedro perdeu as chaves
Santo António o menino
São João foi pelos ares
E para mal dos seus azares
Não encontra o cordeirinho
Santo António anda tonto
São Pedro diz que não vê
São João caiu redondo
E do céu deu um tombo
Tropeçou não sabe em quê
Inquieta a multidão na avenida
Assobia por tanto ter de esperar
Mas nem bairros, nem bairristas, nem as tais marchas previstas
O espectante espectador viu desfilar
Quem se entende com altares
Diz que os santos populares
Não desfilam pelas ruas desta vez
Que nos falte a tradição
Ao menos valha a emoção
Que o maior mastro do mundo é Português
Que nos falte a tradição
Ao menos valha a emoção
Que o maior mastro do mundo é Português
Recuperados os santos dos seus maus-tratos
Os responsáveis resolveram confrontar
Escorregando pelo mastro, perguntaram cá em baixo
Que país levantou alto este pilar
Para a porta do vizinho
Toda a gente varreu lixo
Quando a culpa nos aponta e envolve
E quando toca ao país
Patriota é o que diz
Que o maior mastro do mundo é Espanhol
El postito Portugués
Solo es grandito en pequenez
Pero el maior mastro del mundo es Español
(Refrão)
(Refrão)